terça-feira, 23 de agosto de 2011

O Teste de Inteligência Q.I




Por incrível que pareça os testes de inteligência surgiram na China, no século V, e começaram a ser usados cientificamente na França, no século XX.
Em 1905, Alfred Binet e o seu colega Theodore Simon criaram a Escala de Binet-Simon, usada para identificar estudantes que pudessem precisar de ajuda extra na sua aprendizagem escolar. Os autores da escala assumiram que os baixos resultados nos testes indicavam uma necessidade para uma maior intervenção dos professores no ensino destes alunos e não necessariamente que estes tivessem inabilidade de aprendizagem. Esta opinião ainda é defendida por alguns autores modernos que não são da área psicométrica. No seu artigo New Methods for the Diagnosis of the Intellectual Level of Subnormals Binet relata:

Esta escala, propriamente falando, não permite a medida da inteligência, porque as qualidades intelectuais não são sobreponíveis e, portanto, não pode ser medido como superfícies lineares são medidos, mas são, pelo contrário, uma classificação, uma hierarquia entre as diversas inteligências, e para as necessidades da prática dessa classificação é equivalente a uma medida.[1] Com prática,treino e, acima de tudo, método - escreveu Alfred Binet em 1909, podemos aprimorar nossa atenção, nossa memória, nosso julgamento, e literalmente nos tornamos mais inteligentes do que jamais fomos .



Em 1912, Wilhelm Stern propôs o termo “QI” (quociente de inteligência) para representar o nível mental, e introduziu os termos "idade mental" e "idade cronológica". Stern propôs que o QI fosse determinado pela divisão da idade mental pela idade cronológica. Assim uma criança com idade cronológica de 10 anos e nível mental de 8 anos teria QI 0,8, porque 8 / 10 = 0,8.
Em 1916, Lewis Madison Terman propôs multiplicar o QI por 100, a fim de eliminar a parte decimal: QI = 100 x IM / IC, em que IM = idade mental e IC = idade cronológica. Com esta fórmula, a criança do exemplo acima teria QI 80.

A classificação proposta por Lewis Terman era a seguinte:
• QI acima de 140: Genialidade
• 121 - 140: Inteligência muito acima da média
• 110 - 120: Inteligência acima da média
• 90 - 109: Inteligência normal (ou média)
• 80 - 89: Embotamento
• 70 - 79: Limítrofe
• 50 - 69: Cretino

Sendo assim, a fórmula exata do QI era: QI = \frac{Idade Mental}{Idade Cronologica} \times 100



Em 1939, David Wechsler criou a primeiro teste de QI desenvolvido explicitamente para adultos, tendo abandonado o sistema da divisão da "idade mental" pela cronológica (metódo que não faria grande sentido para adultos). Em vez disso, os testes passaram a ser calibrados de forma a que o resultado médio fosse 100, com um desvio-padrão de 15.
Em 1994 nasceu a criança com o QI mais elevado a nível europeu. Tomás Taipa De Figueiredo tem um Qi avaliado em 205 pontos.
Em 2005, o teste de QI mais usado no mundo foi o Raven Standard Progressive Matrices.

O teste individual mais usado é o WAIS-III. O teste de Q.I. individual mais administrado em pessoas de 6 a 16 anos é o WISC-III (Escala de Inteligência Wechler para Crianças), originalmente desenvolvido em 1949, revisado em 1974 (WISC-R), 1991 (WISC-III) e 2003 (WISC-IV). Tanto o WAIS quanto o WISC foram criados por David Wechsler. A última versão do WAIS consiste em 14 subtestes destinados a avaliar diferentes faculdades cognitivas. O WISC é constituído por 13 subtestes. Os subtestes são subjetivamente estratificados em dois grupos: escala verbal e escala de execução (também chamada escala performática), contudo os estudos objetivos, baseados em Análise Fatorial, não oferecem respaldo à classificação subjetiva em vigor.

A classificação, originalmente proposta por Davis Wechsler era a seguinte:
• QI acima de 127: Superdotação
• 121 - 127: Inteligência superior
• 111 - 120: Inteligência acima da média
• 91 - 110: Inteligência média
• 81 - 90: Embotamento ligeiro
• 66 - 80: Limítrofe
• 51 - 65: Debilidade ligeira
• 36 - 50: Debilidade moderada
• 20 - 35: Debilidade severa
• QI abaixo de 20: Debilidade profunda

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Quociente_de_inteligência

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